A substituição válvula aórtica é realizada com circulação extracorporal e anestesia geral em bloco operatório. O procedimento consiste na substituição da válvula aórtica por uma prótese, mecânica ou biológica, escolha que depende do doente.
As próteses mecânicas são colocadas em doentes mais novos, com uma esperança de vida superior a 25 anos e exigem que seja feita uma terapia anticoagulante para o resto da vida.
As próteses biológicas têm a grande vantagem de não precisar de fazer anticoagulação, mas têm uma duração aproximada de 20 anos. No entanto, existem métodos alternativos para a substituição valvular aórtica de uma válvula biológica em caso de degeneração antecipada.
Válvulas mecânicas vs válvulas biológicas:
A esperança de vida da população mundial aumentou nas últimas décadas. Este crescimento deve-se à melhor alimentação, acesso à saúde e prevenção através de vacinas e à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos que impedem a evolução de doenças que eram fatais. Se antes as doenças valvulares eram causadas principalmente por doenças reumáticas, hoje constatamos que a degeneração é o motivo preponderante e é uma consequência inerente ao processo de envelhecimento da população.
A cirurgia de substituição de válvulas defeituosas também evoluiu. Atualmente, a troca das válvulas mitral e aórtica é realizada através de procedimentos minimamente invasivos, feitos a partir de incisões de poucos centímetros, que proporcionam rápida recuperação, diminuem a possibilidade de intercorrências, minimizam os riscos de hemorragias e infeções.
Há dois tipos de válvulas cardíacas que são usadas nas cirurgias de substituição:
Mecânicas: Feitas de titânio ou carbono.
Biológicas: Feitas de tecidos humanos, do pericárdio bovino, porcinos e equinos.
A escolha do tipo de válvula a ser usado obedece a critérios médicos, particularidades do quadro do paciente e diretrizes feitas a partir de estudos estatísticos e científicos de grandes associações médicas especializadas, como a Sociedade Europeia de Cardiologia e a American College of Cardiology. Mesmo assim, este tema ainda é objeto de polémica entre médicos e pacientes.
De acordo com a Sociedade Europeia de Cardiologia, a idade, esperança de vida e tipo de válvula, determinarão a escolha entre biológica e mecânica. A Sociedade preconiza a adoção das seguintes diretrizes:
Uso de válvulas mecânicas:
1. Substituição Válvula aórtica: Pacientes jovens e adultos até de 60 anos.
2. Substituição Válvula Mitral: Pacientes jovens e adultos até 65 anos.
Uso de válvulas biológicas:
1. Substituição Válvula aórtica: Pacientes com idade igual ou superior a 61 anos
2. Substituição Válvula Mitral: Pacientes com idade igual ou superior a 66 anos
Essas indicações levam em conta as peculiaridades dos tipos de válvulas e tratamentos concomitantes. Cada tipo de válvula apresenta vantagens e desvantagens, a saber:
Vantagens das válvulas mecânicas: São mais duráveis e não necessitam de uma segunda cirurgia para troca.
Desvantagens: É preciso tomar anticoagulantes por toda a vida e realizar exames de sangue periódicos para acompanhar o nível de coagulação.
Vantagens das válvulas biológicas: Não é preciso utilizar nenhuma medicação acessória.
Desvantagens: Durabilidade menor e possibilidade de realização de segunda cirurgia para troca, após 15 – 20 anos de uso.
Da mesma forma que as técnicas cirúrgicas evoluíram, o desenho, técnica e materiais das válvulas mecânicas também avançou. O avanço na pesquisa de novos materiais e tecidos sintéticos poderá revolucionar também a produção de próteses. O importante é seguir as orientações de seu médico para substituição válvula aórtica e deste modo ter melhor qualidade de vida.
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