É uma deformidade do tórax que é causada por um crescimento anormal dos ossos do esterno e das costelas, resultando em uma depressão no centro do peito. Esta condição pode ser detetada logo após o nascimento, mas tende a piorar durante a fase de crescimento.

Além dos problemas físicos, os portadores de Pectus Excavatum também podem enfrentar problemas psicológicos relacionados à aparência e auto-estima, especialmente durante a puberdade. A preocupação com a aparência e a auto-estima pode afetar negativamente a vida social e emocional da pessoa.

Quando o doente vem à consulta na UMICS, o cirurgião torácico (especialista em deformidades da parede torácica) realiza um estudo 3D da parede torácica para avaliar o grau da deformidade com um computador sem haver radiações para o doente. Este estudo permite depois encomendar um sistema de tratamento não cirúrgico para tratar o pectus excavatum (Vacuum Bell).

O médico pode medir a profundidade da deformidade e avaliar se há impacto na respiração ou no coração. Os pais geralmente procuram tratamento para seus filhos quando eles chegam à adolescência.

Existem diferentes possibilidades de tratamento. É importante tratar o Pectus Excavatum o mais cedo possível, pois isso pode prevenir complicações graves e melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada. A cirurgia é uma das opções de tratamento mais efetivas, mas é importante que seja realizada por um especialista qualificado, nomeadamente um cirurgião cardiotorácico.

O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes com deformidades graves e que apresentam sintomas associados.

A evolução tecnológica permitiu que a técnica endoscópica realizada no tratamento do pectus excavatum se tornasse menos invasiva – Cirurgia de Nuss.

É uma das soluções minimamente invasivas para o tratamento do Pectus Excavatum e o Síndrome de Poland.

Em doentes mais novos pode ser realizado o tratamento do Pectus excavatum com a colocação de um dispositivo tipo ventosa, Vacuum Bell.

Além dos tratamentos físicos, é importante lembrar que o tratamento psicológico também é uma opção importante para pacientes com Pectus Excavatum. A aparência física pode ser uma fonte de ansiedade e baixa auto-estima, especialmente durante a adolescência.

Por isso, a terapia psicológica pode ser extremamente útil, paralelamente ao tratamento, para ajudar a lidar com esses problemas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

A terapia pode incluir sessões individuais com um terapeuta ou grupos de apoio, onde os pacientes podem compartilhar suas experiências e aprender estratégias para lidar com seus sentimentos.

Em conclusão, o Pectus Excavatum é uma deformidade da parede do tórax que pode causar problemas cardíacos e respiratórios, além de problemas psicológicos. É importante que os pais estejam atentos aos sinais e sintomas e pesquisem tratamento para seus filhos o mais cedo possível.

Existem diversas opções de tratamento disponíveis, incluindo cirurgia, dispositivos externos e terapia física, que podem ajudar a corrigir a deformidade e melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada.